Certamente não permanecerei por muito tempo, pois estou certo que tudo o que possa dizer serão provavelmente "lugares comuns". Abandonarei logo que sinta "só estar a ocupar espaço".
Espero que alguém se esteja a perguntar porquê "Pentwall". O título deste blog é acima de tudo uma homenagem a quem muito aprecio – Baden-Powell. O seu génio levou-o a escrever vários livros e, após a fundação do escutismo, todos eram ciosamente "devorados" pelos rapazes. Ciente disso, quando em 1937, publicou Aventuras Africanas, intitulou o texto de introdução ao seu livro por "Pentwall" e a seguir explica:
Não procureis no dicionário "Pentwall": não a ides encontrar. Esta palavra não quer dizer absolutamente nada. Mas achei que ela vos despertaria a curiosidade.
Se eu tivesse chamado "Prefácio", muito provavelmente teríeis voltado a página: há pouca gente que leia os prefácios!
No entanto, quero evitar-vos o incómodo de percorrer o meu livro para vos inteirardes do que contém. Sabei que ele relata os incidentes e impressões da minha recente viagem à volta da África, e, entre outros, tem por fim encorajar o leitor – particularmente os jovens e, sobretudo, os exploradores – a viajar. Sabei-lo, a vida é curta; mesmo assim muita gente a desperdiça transformando-se em "vegetais", quer dizer, gente que está agarrada ao lugar que os viu nascer; estes legumes, tão pouco estão satisfeitos, ou satisfazem, como poderiam, se deambulassem um pouco do tempo que lhes é dado passarem por este mundo terreno, podendo assim adquirir esta amplitude de visão, esta compreensão que faz crescer a alma no indivíduo, a paz e a boa-vontade no mundo.
Eis-vos advertidos: cabe-vos agora decidir se quereis continuar a vossa leitura ou pôr de lado este livro.
Não procureis no dicionário "Pentwall": não a ides encontrar. Esta palavra não quer dizer absolutamente nada. Mas achei que ela vos despertaria a curiosidade.
Se eu tivesse chamado "Prefácio", muito provavelmente teríeis voltado a página: há pouca gente que leia os prefácios!
No entanto, quero evitar-vos o incómodo de percorrer o meu livro para vos inteirardes do que contém. Sabei que ele relata os incidentes e impressões da minha recente viagem à volta da África, e, entre outros, tem por fim encorajar o leitor – particularmente os jovens e, sobretudo, os exploradores – a viajar. Sabei-lo, a vida é curta; mesmo assim muita gente a desperdiça transformando-se em "vegetais", quer dizer, gente que está agarrada ao lugar que os viu nascer; estes legumes, tão pouco estão satisfeitos, ou satisfazem, como poderiam, se deambulassem um pouco do tempo que lhes é dado passarem por este mundo terreno, podendo assim adquirir esta amplitude de visão, esta compreensão que faz crescer a alma no indivíduo, a paz e a boa-vontade no mundo.
Eis-vos advertidos: cabe-vos agora decidir se quereis continuar a vossa leitura ou pôr de lado este livro.
Traduzido do francês Aventures Africaines, Delachaux & Niestlé, S.A., Paris, 1946 (?), p. 3.
Pois bem, eis porque escolhi esta palavra para título. Não quero dar o incómodo da leitura a quem não se identifique com os meus interesses. A quem não queira partilhar desta pretensa "amplitude de visão".
Espero que o bom senso e educação sejam sejam apanágio de todos os que queiram participar neste blog.
Antes de "postar", ocorre-me: – Deus está do meu lado!
Depois, concluo: – Afinal, não está do meu lado, mas à minha frente; eu tento ir no Seu encalço, mas não consigo evitar o meu ziguezaguear.